Sargento é condenado a mais de 26 anos de prisão por matar tenente do Corpo de Bombeiros, em Montes Claros
19/09/2024
Crime aconteceu no dia 5 de maio de 2023, quando a vítima saía para trabalhar e foi abordada pelo sargento na porta de casa. Conforme a acusação, o autor teria planejado o assassinato após se desentender com o tenente durante o trabalho. Tenente Rafael Veloso foi morto quando saía de casa
Reprodução/ Rede Social
O sargento Anderson Pinheiro Neves foi condenado a mais de 26 anos de prisão pelo homicídio qualificado do tenente Rafael Veloso. Ambos atuavam no Corpo de Bombeiros em Montes Claros. A condenação foi divulgada nesta quarta-feira (19) pelo Tribunal Militar de Minas Gerais. Relembre o caso abaixo
O crime aconteceu na manhã do dia 5 de maio de 2023, no bairro Ibituruna. Conforme a acusação, o sargento "teria planejado o assassinato após desentendimentos com a vítima, seu superior hierárquico, durante o serviço operacional".
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A Justiça Militar de Minas Gerais condenou o autor a 26 anos e 8 meses de prisão, em regime fechado. A decisão do Conselho Permanente de Justiça (CPJ) também manteve, por unanimidade, a prisão preventiva do acusado.
Por meio de nota, o advogado de defesa, Felippe Silveira, informou que “a defesa do Sargento Anderson Pinheiro Neves vem a público informar que já está ciente da decisão da Justiça Militar. Destacamos que, pela via do recurso, será possível esclarecer questões que ainda não foram consideradas e que acreditamos que levarão à revisão da decisão inicial”.
O crime
O tenente do Corpo de Bombeiros, Rafael Veloso, tinha 42 anos quando foi morto a tiros em Montes Claros. O crime aconteceu na manhã do dia 5 de maio de 2023, no bairro Ibituruna.
A vítima saía de casa para trabalhar quando foi abordada por Anderson Pinheiro Neves, que atirou várias contra o tenente. Quatro tiros atingiram a vítima, que morreu no local.
A prisão
O sargento foi encontrado no dia 9 de maio de 2023, em uma casa no bairro Novo Jaraguá, em Montes Claros, depois que os advogados dele procuraram a sede do 7º Batalhão do Corpo de Bombeiros e informaram que o militar pretendia se entregar. Nesse dia, ele entregou a arma utilizada no crime.
A motivação
Após a prisão do autor, o delegado Bruno Rezende contou que o sargento confirmou que tinha desentendimentos com a vítima.
"Segundo o próprio autor, essa animosidade teria surgido já no início do trabalho em conjunto entre ambos, no final de fevereiro. A partir disso, o autor teria pretendido não trabalhar conjuntamente com a vítima, dada a impossibilidade, teria, supostamente, segundo ele em sua versão de defesa, ido até a residência para que conversassem e tentassem resolver isso. Segundo ele, ali teria tido uma nova discussão e ele efetuou os disparos.”
Indiciamento
A Polícia Civil divulgou no dia 5 de julho daquele ano o indiciamento do sargento pela morte do tenente.
“O autor foi indiciado por homicídio qualificado pela vingança praticada na perspectiva da premeditação em relação ao crime, por ter impossibilitado efetivamente a defesa da vítima com disparos a curta distância e nas costas e por ter tentado contra a vida de profissional de segurança pública constitucionalmente amparado pelo estado", explicou o delegado Bruno Rezende.
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